Sem saúde tem vida, mas não tem trabalho
Encerrou ontem, 30 de julho, o curso de Formação da Fetiesc em parceria com a Rede Vida Viva, que ocorreu nos dias 28 a 30 de julho no Centro de Formação Sindical da Fetiesc em Itapema SC. A turma foi composta por trinta e seis dirigentes sindicais liberados e de base de sindicatos filiados à Fetiesc e também pelo Sindicato da Saúde de Joinville e pelo Sindicato de Construção e Mobiliário de Joaçaba.
A Rede Vida Viva é composta por ações solidárias, ou seja, é mantida por doações e seus monitores fazem este trabalho voluntariamente. É organizada mundialmente pela Tie Global que é uma rede de ativistas sindicais de países como Alemanha, Colômbia, Turquia, Moçambique e Brasil onde trocam experiências da realidade do sindicalismo em cada país. Esta rede existe para que seja possível trabalhar na prevenção das doenças e acidentes de trabalho e não somente para remediar as doenças e acidentes já existentes. Todas as ferramentas da rede trabalham com a tríade vida, saúde e trabalho e com elas é possível saber o que está causando as doenças e então negociar com a empresa para que aconteçam melhorias de acordo com as prioridades que os trabalhadores (as) elegerem.
A programação incluiu a apresentação geral da Rede Vida Viva, dinâmicas como também exposição das ferramentas utilizadas em cada formação da rede. “Este foi um curso de formação que é um meio para a ação, a rede é ação, é prática” relembra Mara que é Coordenadora Nacional da rede. Durante os três dias de aprendizado o grupo aprendeu três importantes ferramentas utilizadas, são elas: mapping – é a pesquisa participativa, onde existe um contato e uma conversa com o trabalhador antes que ele desenvolva uma doença do trabalho; raio – é um recurso audiovisual interativo que provoca uma reflexão individual através de vídeos curtos; ofício de saúde – especialmente para formação de cipeiros, quem é ou pretende ser.
“estamos acostumados a trabalhar com os trabalhadores (as) já doentes e com a rede há a possibilidade de resgatar o trabalhador (a) antes que isso aconteça. Nós queremos aprender mais sobre a Rede Vida Viva e implementar ela no sindicato” Clóvis Ramos – Secretário Geral do STI Papel de Lages
“Vou sair daqui com muito aprendizado e pretendo apresentar essa nova metodologia para a Diretoria do meu sindicato. Vou levar muita informação boa e interessante deste curso” Bertino Cardoso – Tesouseiro do STI Vestuário de Timbó
“Não conhecia a metodologia e imaginei que seriam três dias cansativos. O curso é muito interessante, com muitas dinâmicas e desafios para refletirmos. O tema saúde do trabalhador é sempre pertinente e temos que trabalhar com a prevenção”. José de Andrade – Presidente do STI Vidros de Blumenau
“Agradecemos a Fetiesc pela acolhida e por oferecer este curso que é muito importante. Confesso que às vezes achamos difícil sair de nossas casas, nossas rotinas para ficar três dias fora em um curso, mas aqui no curso da Rede Vida Viva foram momentos que nos aproximamos muito com o tema, me senti a vontade e houve uma ligação muito grande das Formadoras com a turma. Foi uma grande troca de experiências e acredito que este investimento no conhecer é transformar este conhecer em algo melhor” Almir Alexandre -Dirigente do STI Saúde de Joinville
“Foram três dias de novas ideias, debates e comprometimento com todos. Saio daqui satisfeito com a metodologia que é diferenciada da que vivenciamos normalmente e acredito que com a aplicação dela na base nós podemos descobrir muitas coisas que nem imaginamos que estão acontecendo com nossos trabalhadores” Ednaldo Pedro Antonio – Presidente do STI Plásticos Brusque
Esta primeira etapa da Rede Vida Viva constitui-se de forma que o grupo pudesse conhecer a rede e as ferramentas utilizadas, a próxima etapa que acontecerá nos dias 15 a 17 de setembro será para os dirigentes que se interessam em serem monitores da rede. Neste caso, eles serão estrategicamente formados para aplicar as ferramentas mapping, raio, ofício de saúde e demais em sua base como também toda parte didática que a rede dispõe.
Para o Presidente da Fetiesc, Idemar Antonio Martini “Nós nos preocupamos muito com a saúde do trabalhador e da trabalhadora, por isso, o Movida já está em seu 11º ano. Para que a indústria funcione tem que ter o trabalhador e ele deve estar saudável, um depende do outro. A Rede Vida Viva nos foi apresentada há 2 anos e vimos nela as ferramentas potentes e com efetividade para começar a trabalhar na base as questões de prevenção de doenças e acidentes de trabalho e a adequação do local de trabalho. Quem ganha com isso é o trabalhador (a), esse é nosso maior interesse” finaliza.
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Fonte: www.fetiesc.org.br