O movimento realizado por diversas entidades sindicais acontece há 12 anos em todo o estado e em 2015 será na cidade de Chapecó onde segundo dados levantados pelo CEREST / Chapecó na macrorregião oeste em 2010 foram registradas 1.305 notificações de acidentes e doenças do trabalho na macrorregião Grande Oeste, em 2014, o número saltou para 5.549 (um aumento acima de 325%). No mesmo período (2010), dois trabalhadores perderam a vida segundo os dados. Em 2014, foram registrados oito óbitos decorrentes de acidentes de trabalho.
Outro dado alarmante é que o Estado de Santa Catarina ocupa o primeiro lugar no ranking nacional de doenças e acidentes de trabalho. Somente em 2012 cerca de 48 mil pessoas foram vítimas de acidentes e doenças do trabalho, ou seja, a cada 1.000 habitantes 7,6 deles foram vítimas de acidentes e doenças do trabalho (Fonte: MPS / IBGE / DIEESE / FETIESC, 2013). Uma pesquisa realizada pelo Ministério Público do Trabalho revelou que os trabalhadores (as) em Santa Catarina adoecem 48% a mais que a média nacional. (Fonte: UFSC / UNIVALI, 2013). O perfil dos agravos à saúde dos trabalhadores (as) catarinenses atingem, principalmente, os setores industriais de frigoríficos, têxteis e comércio varejista.
Para o Presidente da Fetiesc Idemar Antonio Martini a cidade de Chapecó e região precisa urgentemente de atenção “não podemos aceitar que trabalhadores e trabalhadoras percam suas vidas no local em que tiram o seu sustento. Precisamos de fiscalização e punição rigorosa para empresas que mutilam e maltratam os trabalhadores (as). Vamos chamar a população para participar conosco, queremos que os moradores saibam desses dados, participem do ato para que possamos cobrar providências. Esta realidade tem que mudar, os números devem desaparecer das estatísticas dos agravos. Queremos trabalhar para viver, não para morrer’’.
Fonte: www.fetiesc.org.br